Valerian e a Cidade Dos Mil Planetas | Crítica
- João Pedro Ferreira
- 13 de ago. de 2017
- 2 min de leitura

Titulo Original: Valerian and the City of a Thousand Planets. Ano: 2017. Direção: Luc Besson. Elenco: Cara Delevingne, Dane DeHaan, Rihanna.
O longa baseado na série histórias em quadrinhos de origem francesa, entrega excelentes recursos visuais, mas deixa a desejar em seu desenvolvimento.
A trama se passa no século XXVIII, onde encontramos a raça humana como uma das mais fortes do universo. Somos apresentados a Valerian e Laureline, a dupla de agentes do espaço-tempo que tem como missão proteger Alpha, a Cidade dos Mil Planetas, que abriga as espécies aliadas da raça humana.
Valerian e a Cidade dos Mil Planetas bebe da mesma fonte que Star Wars, você provavelmente irá notar algumas semelhanças entre as duas histórias. Isso acontece porque Valerian é a obra que inspirou a tão aclamada e bem-sucedida saga dos Jedi. Porém, Valerian não consegue repetir o mesmo sucesso da franquia de George Lucas nos cinemas.
Visualmente, o longa é impecável, consegue um excelente uso do recurso em 3D, levando o espectador para dentro do universo apresentado. O mesmo não acontece no desenrolar de sua trama. Os personagens não tem um bom desenvolvimento e o filme acaba se tornando cansativo.
Dane DeHann e Cara Delavigne não tem química para compor esse par romântico, os diálogos não tem profundidade e transformam esse inevitável casal em algo extremamente forçado. DeHann não tem a ousadia necessária para dar vida ao heroico Valerian, lhe falta uma certa “malandragem” para fazer o personagem funcionar. Já Delavigne aparentemente não consegue levar o seu carisma das passarelas para as telonas, entre caras e bocas a top model entrega uma atuação rasa, fazendo com que Laureline não seja uma sargento durona, mas sim uma jovem irritada.
Bubble, o personagem da cantora Rihanna, se torna um completo desperdício na trama, não agregando absolutamente nada no desfecho da história, fazendo com que o seu tempo em tela se torna mais uma tentativa forçada de drama, para dar uma certa lição de moral nos personagens.
Abaixo das expectativas, Luc Besson que é o diretor, roteirista e grande fã da obra, se perde entre o seu amor pela mesma, não conseguindo balancear o desempenho visual do longa com o roteiro que se arrasta por mais de duas horas.
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