(Des)encato | Crítica
- João Pedro Ferreira
- 22 de set. de 2018
- 2 min de leitura

Um dos mais recentes lançamentos da Netflix é a animação (Des)encanto. Você provavelmente irá reconhecer os traços do desenho e rapidamente irá associá-lo àS Simpsons ou Futurama, Desencanto é uma criação de Matt Groening, logo, segue o mesmo estilo das obras anteriores. A trama gira em torno da princesa Bean e seus dois melhores (e únicos) amigos Elfo e Luci. Bean quebra todos os esteriótipos esperados de uma princesa, ela não é um padrão de beleza, não é delicada e passa a maior parte do seu tempo livre arrumando confusão.
Bean é a princesa da Terra do Sonhos, sua mãe foi vitima de um envenenamento e ela cresceu com seu pai que se casou novamente para ciar uma aliança e acabar com uma guerra. Como a princesa tem um péssimo relacionamento com o seu pai, sente falta da sua mãe e tem poucos amigos, ela acaba bebendo além da conta.
No primeiro episódio a protagonista é obrigada a se casar para criar uma nova aliança, ela se recusa e com isso dá ainda mais desgosto para seu pai.
Se você gosta de animações como "Os Simpsons" ou "Futurama", Desencanto irá certamente lhe agradar, pois possui o mesmo humor ácido e piadinhas de caráter duvidoso.
Enquanto a trama se desenrola, podemos ver que Elfo e Luci funcionam como uma metáfora para uma espécie de "consciência" para Bean, como o grilo falante é para o Pinóquio. O elfo é uma criatura mágica, na maior parte do tempo é feliz e cheio de sonhos, sempre está tentando levar Bean para o caminho certo. Por sua vez, Luci é um demônio e sempre tenta influenciar Bean a fazer as coisas erradas.
Fugindo do esteriótipo de uma princesa convencional, Bean não quer se casar e viver em um lindo castelo, preferindo inclusive, morrer ao se casar por obrigação. Entre as muitas críticas ao padrão e ao "modelo Disney" a série apresenta um personagem que é, fisicamente, parecido com a personagem "Sininho", trata-se de uma fada prostituta, fugindo mais uma vez do padrão.
A animação contém diversas piadas de cunho sexual e faz algumas referências à Game of Thrones e até mesmo aos Simpsons.
Os personagens tem um bom desenvolvimento, na medida do possível, mas muitos arcos são deixados em aberto para uma nova temporada. Até então, foram disponibilizados dez episódios no catálogo da Netflix.
A dublagem da série foi duramente criticada, a adaptação abusou de diversos memes populares aqui no Brasil e, muitas das vezes, estes não se encaixavam muito bem no contexto abordado. O que era pra ser uma saída engraçada, acabou se tornando um recurso preguiçoso.
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