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Death Note 2017 | Crítica

  • Bárbara Henriques
  • 28 de ago. de 2017
  • 2 min de leitura

Titulo Original: Death Note Ano: 2017 Direção: Adam Wingard Elenco: Nat Wolff, Margaret Qualley, Lakeith Stanfield

11 anos depois da estreia do anime e cercado de polêmica e discussões desde que foi anunciado, o Death Note da Netflix finalmente estreou na plataforma de streaming — e continua gerando polêmica. A nova adaptação segue os passos de Light Turner durante a (apressada) ascensão de Kira e a obsessão de L ao tentar impedir seu “reinado de terror”, apresentando os dois protagonistas bem menos inteligentes do que vimos antes.

A principal diferença entre esta e a obra original é a mudança de cenário, trazendo a história e seus personagens para a América atual (o famoso whitewashing), o que irritou e ofendeu a maioria dos fãs. Logo de cara, o filme se situa num típico colégio americano e já joga o caderno nas mãos de Light. Com 10min de filme, a trama está estabelecida.

Temos aí um dos pontos positivos do filme: com 1h30 de duração, o longa não se arrasta demais. Por outro lado, não tem tempo para desenvolver seus personagens ou se estabelecer, seja como romance, investigação policial ou, apesar da violência explícita e de um Ryuk que consegue assustar, como terror. Não convence como nenhum deles.

Death Note funciona como entretenimento, principalmente pelas boas atuações de Nat Wolf como Light, os trejeitos de L interpretado por Keith Stanfield e Willem Dafoe — que já tem a cara de um deus da morte — como Ryuk, mas não aborda as questões que o anime traz tão bem. Aquelas pessoas que fazem mal aos outros devem morrer? Quem somos nós para decidir tirar a vida de alguém? Light Yagami brinca de Deus. Light Turner não tem tempo de tela pra isso. Com pitadas de humor negro e uma tensa sequência final, o filme é ousado, mas distante do material original. É uma obra que pode funcionar (em tese) sozinha, como uma forma de homenagear o mangá e o anime mais do que como uma adaptação. Não assista tentando compará-las.

Se você, fã, quer ver uma adaptação fiel ao anime, foram feitos dois filmes no Japão que fazem jus ao nome: Death Note, de 2006, e Death Note: Iluminando um novo mundo, de 2016. No fim das contas, Adam Wingard cumpre a missão de apresentar a história para quem não conhecia. E pode ser que a saga de Light Turner não termine aqui! O diretor afirmou que uma possível sequência só depende da Netflix. Enquanto isso não acontece, você já pode ir lá assistir ao anime.

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