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It: A Coisa | Crítica

  • Bárbara Henriques
  • 1 de out. de 2017
  • 2 min de leitura

Titulo Original: It Ano: 2017 Direção: Andrés Muschietti Elenco: Bill Skarsgård, Finn Wolfhard, Sophia Lillis, Jaeden Lieberher

Depois de uma onda de ataques de palhaços no mundo inteiro ano passado, Pennywise chegou aos cinemas no último dia 7 com o aterrorizante It: A Coisa, adaptação do livro homônimo do rei do terror, Stephen King. Logo de cara, o filme se estabelece: o palhaço aparece já nos primeiros minutos e mostra por que veio com muita violência.

Bill Skarsgård é Pennywise, o palhaço assustador que atormenta a pacata cidade de Derry, no Maine, até que os sete integrantes do Clube dos Otários decidem ir atrás da “coisa” e parar os ataques. E é no Losers Club que o filme tem seu maior mérito: sete crianças com personalidades muito diferentes e medos peculiares.

O diretor Andrés Muschietti recria muito bem a atmosfera dos anos 80 (Henry Bowers e seu cabelo de Chitãozinho e Xororó que o diga), referenciando obras como Stranger Things sem perder sua identidade. Muschietti ainda cria cenas cômicas que não são apenas alívio cômico, mas funcionam como parte do filme. É uma obra engraçada capaz de arrancar gargalhadas dos espectadores — às vezes, lembro de certos diálogos e começo a rir —, mas que tem cenas de horror tensas e com violência extrema capazes de te fazer gritar. O Palhaço Dançante também não vai sair da sua cabeça tão cedo.

O sorriso macabro, os olhos estrábicos e os trejeitos singulares que Skasgård traz fazem de Pennywise uma ameaça única, misteriosa, seduzente mas mortal. Está a altura do ícone que Tim Curry criou em 1990 na minissérie It — Uma Obra-Prima do Medo. Dentre o elenco infantil, se destacam Finn Wolfhard como o desbocado e falastrão Richie, a expressiva Sophia Lillis como a corajosa Beverly e Jaeden Lieberher convence como o líder do grupo no papel de Bill.

A ação pode soar um pouco repetitiva, uma vez que o palhaço usa quase sempre o mesmo método para atingir as crianças: o balão, a personificação de seus medos, ele aparece e corre em direção à câmera feito um louco; mas nada que atrapalhe o filme. A receita é a mesma, sim, mas a abordagem é diferente. Afinal, cada um tem seu próprio medo.

O mais interessante aqui é que Pennywise não é a única (e, digamos, nem a principal) ameaça. O bullying que esse grupo de minorias sofre é algo que vai além do que vemos nos filmes típicos de high school americano, as agressões são verdadeiras e capazes de assombrar um adulto, a violência doméstica e um passado traumático assustam mais que qualquer ser sobrenatural. O terror na vida dessas crianças é rotina.

E, ainda assim, eles são capazes de fazer boas piadas e desarmar o espectador logo após uma cena aterrorizante. Não é atoa que It já é o maior filme de terror da história, arrecadando mais de meio bilhão de dólares nas bilheterias mundiais sem nem ter sido lançado no Japão, Itália e Alemanha!

Tio King está orgulhoso. A parte dois estreia dia 6 de setembro de 2019.

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