Crítica - Jumanji: Bem-vindo à Selva
- Amanda Danielle e Ana Paula
- 5 de jan. de 2018
- 2 min de leitura
Após 22 anos do lançamento do filme original no Brasil, Jumanji volta às telas de cinema gerando um clima de nostalgia entre os telespectadores. Os produtores e diretores optaram por fazer uma continuação diferenciada, “modernizando” os personagens e os acontecimentos do jogo, porém, com muita cautela.

A aventura do novo filme se passa dentro do meio digital, se diferenciando um pouco de sua primeira versão. O jogo de tabuleiro se transforma em um vídeo game, levando 4 jovens para viver uma aventura dentro dele. Os jovens Spencer, Fridge , Bethany e Martha se transformam em seus respectivos personagens já escolhidos previamente, e passam a ser interpretados por Dwayne Johnson, Kevin Hart, Jack Black e Karen Gillan. As características dos personagens do vídeo game são bem engraçadas, em comparação a eles na vida real, os dois nerds, Spencer e Martha, passam a ser os principais, sexy e forte, já Fridge e Bethany, populares na escola, passam a ser apenas personagens suporte. Cada um possui habilidades e pontos fracos diferentes uns dos outros, e todos necessitam deixar as diferenças e vontades próprias de lado, para trabalhar em equipe. Bethany, mesmo sendo um personagem suporte, consegue roubar a cena em várias partes do filme, com Jack Black interpretando o típico jeito de uma garota mimada e egocêntrica. Os produtores investiram em personagens com caráter muito espontâneo e engraçado, contribuindo para que a maioria das cenas tivesse algum conteúdo humorístico. Apesar disso, a ação não perde para o humor.
Um dos pontos fracos do filme, é o vilão. Ele não foi bem desenvolvido, e possui o clichê de qualquer outro vilão, que é dominar o mundo, aparece pouco, só enfrentando os heróis de fato, na última fase do jogo, o "chefão", e na verdade nem é muita dificuldade para os heróis enfrentá-lo. Seu desenvolvimento é tão ruim, que ele nem se torna um problema tão grande, os personagens "apanham" muito mais de suas fraquezas, do que do próprio vilão. Outro ponto fraco, é a ruim atuação de Nick Jonas interpretando Alex. A relação do personagem com o restante da história não foi bem criada, e o ator também não ajudou muito para que essa ligação fosse estabelecida.
Apesar da tentativa de se fazer uma continuação do filme de 1995, o longa não traz muita conexão, além de referências. O filme de Robin Williams pode ser considerado muito superior ao novo filme, e com certeza, um clássico para todos os tempos.
Comments